About Lara Mafalda

Há mais de uma década que Lara Mafalda anda de volta dos lavores. Considera-os no patamar das primeiras artes, as da técnica, do saber fazer. Aquelas que se aprendem em casa e são princípio de caminhos artísticos. Constatação corroborada pelos estudos feitos aquando a sua licenciatura em Estudos Artísticos, altura em que as Artes Decorativas lhe ocuparam um lugar especial no coração. É criadora da marca My Beloved Craft e de Lavorada - O Festival dos Lavores.
Esta é uma introdução muito grande para o convite que este artigo deveria ser, mas é um mal (ou bem) que me assiste: falar muito, pensar ainda mais. Mas é, efetivamente, com um convite que termino: Venham ao Lavorada, ao Festival do Lavores e façam festa connosco. Festa em tempos em que ela é muito precisa. Festa é alegria e a alegria é a mais brilhante das manifestações humanas.
Realiza-se a 17 de junho a III Edição do Festival Lavorada, no jardim da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, Póvoa de Varzim. O festival inteiramente dedicado aos lavores, com uma programação que proporciona aos participantes um dia completo de atividades e muito convívio, mantém a estrutura da segunda edição.
Ao grupo de Malharia, de Leiria, Juntamo-nos nós, o grupo de tricot da Talica, a Marta Ovelha, a Ângela Pontos e Voltas e a Filipa Nionoi. Todas juntas representam milhares de pessoas que encontram nos lavores o melhor lugar do mundo! Esse lugar que se move entre as delícias de ser um espaço só nosso como também ser o amplo lugar que acolhe a felicidade de um grupo com interesses em comum.
Um dia entrei numa loja antiga da cidade do Porto onde na montra o anúncio “máquinas de tricotar” pairava sobre uma série de peças de malha! Pouco depois esse lugar, até aí desconhecido, transformou-se num lugar de visita regular e descobri-me, com espanto, uma espécie de engenheira.
O regresso à Tua Vinharia, para mais um encontro A Agulha Vai Torta é sempre...
Depois da super cool série de workshops A Agulha Vai Torta, na linda e aconchegante Tua VInharia, decidimos montar feira noutra bela e coolíssima casa, o Bicho!! Depois de tantas visitas para saborear os seus fabulosos almoços, começamos a sentir um bichinho a querer mexer nas nossas agulhas. E Deu Bicho Na Agulha!
O Mário, que nos honrou com a sua visita e a sua máquina fotográfica levou, obviamente, o colar da Mi MItrika para casa, esperando que ao longo do ano nos possa presentear com mais fotografias da temática e trazer muitos amigos para o Lavorada. O Kitato ficou seu fã! Contudo, e porque somos uns mãos largas, não quisemos esquecer todas as pessoas que com muito entusiasmo foram mostrando ao instagram o espírito vivido no nosso festival, por isso, escolhemos uma segunda fotografia, a da Uma Família de Mochila.
“Colhe as flores que puderes!” foi o poema ponto de partida para a Yarn Bomb do Lavorada 2022. Uma metáfora que exorta as pessoas a reconhecerem todas as coisas boas da vida e a colherem em cada uma delas a alegria do dia a dia. Um carpe diem na construção da felicidade e de si mesmo, vivendo a vida em plenitude a partir de si para o exterior. Uma Yarn Bomb colaborativa, um projeto em crochet que juntou uma dezena de mulheres e fez crescer canteiros de flores de “cores vibrantes”, um jardim “arco-íris de alegrias” e que poderá ser visto no Jardim da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto até que o tempo a leve…
Passado o excesso de emoção de um dia feito com paixão, regresso à racionalidade para analisar o que correu bem, o que foi menos bem ou menos bom, o que se poderia ter feito, o que se fez, o que falhou, o que esteve perfeito. Mas isso não vou fazer aqui, neste texto, claro. Aqui, venho agradecer! Agradecer a todos os que tornaram possível o Lavorada 2022. O projeto é meu, mas sozinha não sairia da minha cabeça.
Durante o dia do Lavorada, 18 de junho, propomos aos participantes do festival que façam o registo desse dia magnífico e que partilhem as suas fotografias com a hashtag #instalavorada2022 Claro que esta participação terá de ter olho atento e procurar os melhores ângulos dos lavores, eles são fotogénicos, mas gostam de aparecer sempre bem na fotografia. O pormenor de um ponto especial, as mãos que trabalham, fios que se entrelaçam, convívios de agulhas, aquela perspectiva cónica que mostra toda a festa que vamos fazer neste dia, a yarn bomb... Inspira-te e participa.