Em 2021, numa tarde em que se festejou um Dia Mundial de Tricotar em Público com máscaras de uma pandemia, dava o primeiro passo num caminho que se tornou um desafio. No fim desse encontro depressa percebi que poderia transformar aquele dia num projeto maior, seria o meu projeto pessoal, onde aplicaria a minha vontade construir obra e de reunir pessoas em torno dos lavores e trazer para a roda todos os assuntos onde eles nos levam.
A história deste caminho, as datas que foram marcando e criando este projeto, as pessoas que foram chegando, está aqui, neste blog e não me alongo em repetir a descrição dos momentos.
Em três anos muitas pessoas se foram juntando nesta roda de lavores que fala de muita coisa e nos leva por muitos caminhos. Depressa um projeto pessoal se tornou coletivo, ficando cada vez mais rico, cada vez com mais perspectivas de vir a concretizar objetivos que até então eram ideias da matéria do sonho. A vontade de levar este espaço a cada vez mais pessoas, chamar as gerações mais novas, estudar, divulgar, ensinar, criar não era já só uma vontade minha. E quando já não somos só nós, quando vemos que o compromisso já não é só nosso, temos de avançar. Dar para não perder.
A ideia de tornar o projeto Lavorada em algo maior, com mais comprometimento e com valor participativo na sociedade obrigou à oficialização daquilo que já assumíamos em privado, éramos como um clube. Lancei o repto às nove companheiras que já eram de aventura e nem sabiam. A Cláudia, a Cris, a Lucília, a Teresa, a Andrea, a Manuela, a Lígia, a Ana Paula já tinham abraçado este projeto de forma comprometida e não hesitaram em dar o passo seguinte comigo.
A 17 de janeiro de 2023 o Lavorada – O Festival dos Lavores passou a ser LAVORADA – A ASSOCIAÇÃO DOS LAVORES.
Lavorada, a associação cultural, artística, científica e educativa para o desenvolvimento e promoção do artesanato, da arte e do património têxteis em Portugal. Um grande objeto de ação que nos oferece muito futuro, muito trabalho, muitos caminhos e, sobretudo, muita gente a falar dos lavores e das matérias por onde eles nos levam.
Somos nove as fundadoras desta associação. Chamamos o Carlos e o Ricardo porque queremos muitas valências e competências na associação e dar-lhes o lugar devido de pertença. Nos papeis somos, então, onze. Mas isto são números da burocracia. Na verdade são muitas as pessoas que fizeram com que este projeto avançasse. Os seus rostos repetem-se nas fotografias que ilustram este caminho, já são conhecidas, já são as lavoradas. A cada encontro mensal chegam mais pessoas, a roda dos lavores cresce e com ela a vontade de fazer cada vez mais e melhor. Possamos crescer juntos e levar a arte de saber fazer, o super poder de usar as nossas mãos a cada vez mais gente.
VIVA A LAVORADA!
Lara Mafalda
Que lindas e inteligentes e fofas e queridas são as meninas das lavoradas.
E vivam também os meninos da lavoradas.
Continuem, vão no bom caminho e que lindo ele é.