obrigada, foi um dia lindo!

Passado o excesso de emoção de um dia feito com paixão, regresso à racionalidade para analisar o que correu bem, o que foi menos bem ou menos bom, o que se poderia ter feito, o que se fez, o que falhou, o que esteve perfeito. Mas isso não vou fazer aqui, neste texto, claro. 

Aqui, venho agradecer! Agradecer a todos os que tornaram possível o Lavorada 2022. O projeto é meu, mas sozinha não sairia da minha cabeça.

Primeiro, claro, a Lurdes Adriano, diretora da Biblioteca Municipal, que acredita neste projeto tanto quanto eu e fez tudo para que por mais um ano o evento fosse possível e um sucesso. À sua equipa Fernanda, Irene, Teresa e ela própria, que às 8 da manhã usaram toda a fé que tinham e montaram todo o espaço mesmo com os pés molhados pela chuva e o céu mais negro que azul. Mercedes, Constança, Rogério pelas vossas contribuições ao longo da semana. Hélder, meu amigo, pelo apoio incondicional e braços fortes.

Ao Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim no nome de Manuela Ribeiro e Sílvio Fernandes, que me dão sempre uma carta branca onde leio “confiança e responsabilidade”.

A todas as senhoras que puseram de pé a Yarn Bomb “colhe as flores que puderes”, que além de fazerem as mais de 300 flores em crochet deram significado concreto ao poema, cada momento passado com elas foi especial, rico de alegria, boa disposição, companheirismo. Colhemos muitas flores sempre que nos encontramos. Lucília, Manuela, Helena, Paula, Amélia, Cristina, Sílvia, Elvira, Albertina muito obrigada!

A yarn bomb passou a ser uma instalação, ficou mais completa com o poema costurado pela Cláudia Pinheiro que tanto me emocionou quando o vi. Ficou tão bonito, Cláudia!

A todas, guardarei os momentos que passamos juntas a preparar esta instalação que acabou por ser o tema deste Lavorada, percebi que foram muitos os que sentiram no dia do festival a intenção de cada flor.

Às formadoras dos workshop e demonstração agradeço a dedicação na preparação dos mesmos, o vídeo que inventei para a divulgação e que prontamente aderiram à brincadeira e a partilha do seu conhecimento que foram fazendo ao longo de todo o dia com as formandas e outras pessoas que as abordaram. Sandra Silva, Joana Nossa, Maria David, Cláudia Pinheiro, Ana Cândia e as nossas Anas, Ana Domingos e Ana Rosa. Maria David e Joana gostei tanto de vos conhecer. Todas fazem agora parte da equipa Lavorada!

Sofia, a psicóloga de serviço, a autora do nome do nosso festival! Obrigada por partilhares a tua experiência. Sei que ficou muito por dizer, mas já acordamos um texto para o site, certo?

Mi Mitrika! Obrigada, Alexandra, por teres confiado as tuas belas peças, as tuas belas fotografias a mim, teres confiado que teria capacidade para falar delas e teres deixado casar as minhas palavras com a tua obra e fazer a narrativa do teu processo criativo, do teu mundo, do teu olhar. Ficou muito linda a exposição “Mi MItrika, a imaterialidade de linha e tempo”.

Ao painel da tertúlia “que fazer com o saber fazer?”. Maria, Sofia, Alexandra, Cláudia, Joana ficou tanto por dizer, mas têm sempre o site aberto e disponível para acolher os vossos pensamentos sobre o mundo dos lavores e da arte têxtil ou do dia a dia de quem se entrega às artes de fio e agulha.

À Isabel Viana pelo seu momento de ioga, a serenidade perfeita para acolher o fim de um dia muito bonito.

Tua Vinharia e Bicho que seria do festival sem a vossa presença tão cool? Jaime, Calita, Pedro, Pedro, Teresa obrigada por acreditarem que poderiam fazer deste dia um dia também vosso. Os vossos vídeos são os mais vistos, porque será? Comer e beber! Para o ano começo mais cedo, prometo!

A todos os participantes da feira de artesanato que ajudaram a fazer deste dia uma festa mais completa com os seus bonitos trabalhos. Contamos com todos na próxima edição.

Kitato, haverá pessoa mais boa onda, que aceite um desafio dois dias antes do acontecimento? Ficou a promessa que seria um ensaio para o próximo ano. Preparem-se fotógrafos, os lavores estão na moda e são fotogénicos.

A todas as pessoas que passaram pelo jardim da biblioteca, os que fizeram workshops, foram à demonstração, os que se sentaram, tiraram fotografias os que beberam e brindaram, os que comeram focaccia, os que compraram na feira de artesanato, os que passaram e trouxeram amigos. Todos, muito obrigada.

A todas as pessoas anónimas e conhecidas, amigos e amigas que ao longo destes dias foram um incentivo, cheios de palavras de carinho. Não lhes sei responder devidamente…

Aos meus pais que tomaram conta dos meus três filhos durante uns dias, não há tempo para tudo e tudo seria impossível sem a sua ajuda ou então a segurança social viria buscar a canalha.

A um grupo de amigos muito especial.

A outro grupo de amigos muito especial.

À minha mana e aos abraços que não demos para não chorarmos muito.

E sempre, sempre ao meu irmão, maior construtor de mim. A minha estrela.

Por último, e porque é o primeiro, ao meu companheiro de luta, o meu designer, o Carlos, sem ele eu não faria nada, “mais vale dois que um só, se um cair o outro levanta-o.”

E pronto, já viram como seria muito pior se eu tivesse escrito isto no domingo ou na segunda logo a seguir? 

Sou uma pessoa muito rica e muito grata. Obrigada a todos!

Lara Mafalda

Obrigada, foi um dia lindo!