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colhe as flores que puderes!
junta no bolso ou
no caderninho das palavras
as pétalas mais doces
dos teus dias
que se forme um arco-íris
de alegrias
sejam cores vibrantes
com sabores dominantes
sejam tapete de passo certo
confirmação de corpo erguido
de quem a si mesmo se guia
e se constrói
colhe as flores que puderes!

 

“Colhe as flores que puderes!” foi o poema ponto de partida para a Yarn Bomb do Lavorada 2022. Uma metáfora que exorta as pessoas a reconhecerem todas as coisas boas da vida e a colherem em cada uma delas a alegria do dia a dia. Um carpe diem na construção da felicidade e de si mesmo, vivendo a vida em plenitude a partir de si para o exterior.

Uma Yarn Bomb colaborativa, um projeto em crochet que juntou uma dezena de mulheres e fez crescer canteiros de flores de “cores vibrantes”, um jardim “arco-íris de alegrias” e que pode ser visto no Jardim da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto até que o tempo a leve…

Cada flor é a representação simbólica da tal construção da felicidade proposta pelo poema. Cada flor representa o momento de partilha que uniu estas mulheres, num projeto simples, mas de significado positivo, optimista e que propõe o próprio festival como acontecimento a ser colhido. Um festival que celebra o encontro, a partilha e o dom de saber fazer, de querer saber fazer.

Foram oito os sábados em que nos reunimos para executar este projeto e que foram sendo partilhados nas redes sociais, tendo recebido muitos comentários e criado muitas expectativas. Expectativas, essas, que foram cumpridas no dia 18 de junho, no dia do Lavorada 2022. O salgueiro ficou lindo!

Nove crocheteiras perseveraram no projeto e foram donas do resultado final. A Lucília, a Paula, a Amélia, a Albertina, a Elvira, a Sílvia, a Cristina, a Manuela e a Helena souberam construir mais do que uma yarn bomb. Em cada sábado, em cada dia dedicado a este projeto, criaram momentos de partilha, de amizade, de festa e mostraram como muitas mãos juntas fazem sempre mais que duas só.
Não esquecemos quem deixou uma flor que fosse, todas foram precisas. Todas foram flores!

O poema que deu o mote a este projeto teria sido só isso, uma ideia, se não tivéssemos a sorte de ter a Cláudia connosco, nossa amiga, de mãos abnegadas e artísticas que costuraram cada letra do poema num tecido-caderno de capa florida de chita vintage. Um poema materializado, um pequeno tesouro que fica no espólio Lavorada.

O jardim Lavorada foi um poema por um dia.

Obrigada!

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Albertina
Cláudia Pinheiro