Festival Lavorada 2025
21 Junho · V Edição
Póvoa de Varzim

O Festival Lavorada regressa para a sua V Edição, com o mote “O que faz falta é juntar a malta!”

No dia 21 de junho, o jardim da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, na Póvoa de Varzim, recebe por mais um ano o Festival Lavorada, o Festival dos Lavores.
Em parceria com esta instituição, a Associação Lavorada quer celebrar nesta edição cinco anos de encontros e de promoção dos lavores, do artesanato e arte têxtil.

Encontro foi o tema para organizar esta edição.

São cinco anos de encontros que reforçam a ideia inicial deste projeto, de que as rodas de mulheres a tricotar em espaço público são muito mais do que um simples encontro de mulheres: estão imbuídas de significados e de ação.
Encontro como meio de partilha de experiências e saberes, de salvaguarda de ofícios ancestrais. Como espaço de promoção da saúde mental e do desenvolvimento da inteligência social. Como espaço de desenvolvimento psicomotor de crianças e adultos. A valorização do encontro no espaço público, livre de individualismo e de isolamento, como antítese das tendências do século XXI.

Uma sequência de intenções para fazer festa porque o que faz falta é juntar a malta!

O melhor tema para celebrar cinco anos de encontro num festival único: O Festival Lavorada, o Festival dos Lavores!

Programação

O Festival abre portas às 10 horas e começa o dia com dez oficinas. Tricot, crochet, bordado livre, bordado da camisola poveira, patchwork, costura, máquina de tricotar, tingimento e até estampagem natural. Um grande leque de oferta de aprendizagens, com preços de inscrição muito apelativos, que se repetirá na parte da tarde.

Gratuitas serão as oficinas de crochet dinamizadas por Joana Gouveia, da Fios Cruzados. Uma presença especial desta edição.

E para que não falte material, o festival conta com a presença de retrosarias: a Deltrilã e a Dê Crochet.

A organização não esquece o património e trará até à cidade as Fiandeiras do Soajo e a Roll Up The Sheep, marca nacional que trabalha a lã segundo as mais tradicionais técnicas de transformação da fibra.

Haverá ainda lugar para a apresentação de um livro infantil, “O Livro do Não”, da autoria de Ana Isabel Ramos.

O festival tem ainda um espaço para a Criançada, cheio de atividades educativas. Um espaço em parceria com o Centro do Clima.

O grupo Dress a Girl – Póvoa de Varzim terá, por mais um ano, o seu espaço no recinto.

A meio tarde as conversas focam-se na que se levará a cabo na usual tertúlia com convidados que partilharam a sua experiência em grupos de tricot e onde se apresentará as telas têxteis criativas expostas no recinto, fruto do desafio lançado pela associação: Gente em Telas.

Em exposição estará também um trabalho fotográfico – “Um lugar só meu” – que pretende falar de um outro Encontro, o encontro com nós mesmos que os lavores proporcionam.

E como falamos de encontro, o ponto alto do festival é mesmo o convívio, que se fará entre piquenique e dança, já que o dia terminará com um concerto-arruada pelos Manta Brava.

O Hortas Café garante comida e bebidas para quem não vier prevenido com o farnel.

Espera-se nesta edição a participação de vários grupos de lavores do país e até de Galiza. Um grande dia de festa, de convívio, de Encontro, em que os lavores são reis.

IMG_0934
Link
iniciação ao crochet,  iniciação ao tricot,pontos de tricot,top em crochet, bordado livre, macramé, iniciação à costura, máquina de tricotar, bordado poveiro, tingimento de lã

12h00 e 15h30

a6058a01-7dce-41d9-a924-7165b569a93f
Link
Nesta edição recebemos um grupo de mulheres do Soajo que trabalha na preservação dos saberes ancestrais ligados à lã, sempre acompanhado de belos cantares.

Espaço Criançada

11h00 - 17h00

IMG_0930
Link
Centro do Clima, estampagem natural, fios, cores e muita brincadeira.

Piquenique

13h00

IMG_0928
Link
grande convívio, partilha e boa disposição

Tertúlia

16h00 - 17h00

IMG_0944
Link
"Isto não é só uma roda de tricot." A experiência de Encontro e das rodas de lavores contada pela Maria G. Knits e pela Liliana Carvalho da Malharia, com os contributos da Rita e da Liana e Rita Rodrigues.

18h00

504643162_122135584310409150_1523256607775671597_n
Os Manta Brava vêm à Póvoa por a malta a dançar!

todo o dia

480306155_598051786441477_2377910612274407313_n
O Hortas Café a alimentar o corpo de quem não trouxe picnic.

Exposição

de 21 a 30 junho

Link

Exposição de fotografia "Um lugar só meu."

Dê Crochê
Retrosaria

Joana Gouveia
Fios Cruzados

Oficina das Malhas

Roll Up The Sheep

Deltrilã
Retrosaria

Blogue

Aquando a nossa visita a Monção, ficou claro que aquelas mulheres amavam o que faziam, A paixão era transmitida em cada palavra e na vontade de partilhar o seu conhecimento. Mal sabíamos que esta vontade se traduziria numa visita à Póvoa para promover uma masterclass junto das nossas tricotadeiras.
Por mais um ano, juntamo-nos ao Jaime e à Calita da Tua Vinharia para uma série de workshops de tricot com o embalo do melhor vinho português. Desta vez o tricot é o de 5 agulhas, é para iniciantes desta técnica e é a pensar no Natal, que está já ali ao virar da esquina. Vamos juntar as maravilhas dos presentes feitos à mão à tradição mais tradicional dos presentes de natal: Meias! Meias feitas à mão! Lindo.
Quando ouvi a Isabel e a Tânia percebi que, afinal, tricotavam histórias, usavam a bússola do coração e construíam, a cada passo, um projeto novo. Estas mulheres arrastam e inspiram quem as ouve a fazer o mesmo. Saímos dali com vontade de tricotar um novo projeto de vida de, a cada volta e carreira tricotadas, mudar de novelo, de padrão, de ideia, voltar atrás e recomeçar e olhar para o nosso percurso com a sensação de dever cumprido.
Não sabemos se os lavores são pretexto para passear ou se o passeio é pretexto para os lavores. A verdade é que começamos a época como acabamos a transata – com um passeio! Depois de um julho em grande, com bastantes encontros, passeios, conversas e troca de experiências e saberes, veio o descanso necessário de um agosto em que apenas trocamos palavras pelo whatsapp, sem nunca esquecer que desligar é essencial. As saudades foram criadas e para as matar só um passeio poderia ser a solução! Juntou-se o útil ao agradável e rumamos às Caldas da Rainha para conhecer o Festival À Procura do Novelo. Dia a dia estes encontros ganham mais significado, criam laços e propósitos. São cadinhos onde se misturam ideias, sonhos e futuro.
Todas queríamos ir a Cerveira ver os crochets com que a vila se veste. Queríamos ir toda juntas, mas não queríamos o compromisso de alugar um autocarro. Comboio! Apanhar um comboio direto do Porto a esta linda vila minhota era a solução óbvia e tão propícia ao convívio de tricotadeiras e crocheteiras. Sem outro programa que não este: chegar, ver, fazer e desfrutar do tanto que a linda paisagem e o encontro entre todas tinha para dar
Dizem que três foi a conta que Deus fez e por isso só pode ser um bom número para se ter nos alicerces de um projeto. A terceira edição do Festival Lavorada marcará, sem dúvida, o futuro deste projeto que a partir daqui caminha em grupo. Nunca nos faltam palavras para falar das coisas, das pessoas, dos acontecimentos, mas diante de tantos vídeos, de tantas fotografias, de tantos momentos especiais parece-nos que todas são vãs e não poderão substituir ou narrar as vivências que a preparação deste festival, o dia do festival e os que se seguiram significaram para todos os envolvidos. Não há dúvida que o que de mais importante temos nas nossas vidas são as relações humanas e o que fazemos para as construir. O Lavorada também é isso, um projeto de relações.
Esta é uma introdução muito grande para o convite que este artigo deveria ser, mas é um mal (ou bem) que me assiste: falar muito, pensar ainda mais. Mas é, efetivamente, com um convite que termino: Venham ao Lavorada, ao Festival do Lavores e façam festa connosco. Festa em tempos em que ela é muito precisa. Festa é alegria e a alegria é a mais brilhante das manifestações humanas.
Realiza-se a 17 de junho a III Edição do Festival Lavorada, no jardim da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, Póvoa de Varzim. O festival inteiramente dedicado aos lavores, com uma programação que proporciona aos participantes um dia completo de atividades e muito convívio, mantém a estrutura da segunda edição.
Ao grupo de Malharia, de Leiria, Juntamo-nos nós, o grupo de tricot da Talica, a Marta Ovelha, a Ângela Pontos e Voltas e a Filipa Nionoi. Todas juntas representam milhares de pessoas que encontram nos lavores o melhor lugar do mundo! Esse lugar que se move entre as delícias de ser um espaço só nosso como também ser o amplo lugar que acolhe a felicidade de um grupo com interesses em comum.
Um dia entrei numa loja antiga da cidade do Porto onde na montra o anúncio “máquinas de tricotar” pairava sobre uma série de peças de malha! Pouco depois esse lugar, até aí desconhecido, transformou-se num lugar de visita regular e descobri-me, com espanto, uma espécie de engenheira.
Maria David aceitou o nosso convite e estará na Póvoa de Varzim para ministrar um mini curso de iniciação. Não promete milagres de aprendizagem porque a máquina de tricotar não sendo um bicho de sete cabeças, é um bicho que requer paciência e prática. Mas como altamente viciante, está certa que a semente ficará plantada.
O regresso à Tua Vinharia, para mais um encontro A Agulha Vai Torta é sempre...

Agenda