Lavorada_
Lavorada_

Em 2022, fizemos o primeiro passeio Lavorada, ao planalto vinhateiro de Favaios. Vínhamos da experiência enóloga das oficinas A Agulha Vai Torta, na saudosa Tua Vinharia e prolongámos a dupla tricot-vinho até à Quinta da Avessada.

Desde então, antes de sermos uma associação e depois disso, a Lavorada tem andando por aí a espalhar os lavores, sorrisos e boa disposição. Momentos de união, de construção de uma associação que vê nestes convívios uma das melhores formas para divulgar os ofícios que todos conhecem, que muitos sabem fazer, mas que ficaram esquecidos pela pressa dos dias.

Tanta gente que nos vê e não resiste a partilhar a sua experiência. Tantas vezes que ouvimos "eu aprendi com a minha mãe", "eu sei fazer", "tenho de voltar a tricotar!" Acreditamos que instigamos muita gente a voltar a pegar nas agulhas, a constatar que nelas está um reduto de paz, de tranquilidade, de arte, de auto-estima e de encontros, como aqueles que vamos celebrar no nosso festival.

No sábado passado fomos ao Pinhão. Fomos de comboio, do Porto até ao Pinhão. Viajar de comboio, tricotar, conversar e contemplar. Pura felicidade.

Partilhamos convosco alguns testemunhos desse dia.

Éramos 18, o João ( o filho da Carla) e a Millie (a cadelinha da Liana). Nós, os 20, fomos de comboio (que lindo!) até ao Pinhão e não nos esquecemos das agulhas e da alegria. E que dia bonito que esteve! Um sol luminoso que tornava mais amarelinhas as t shirts que envergávamos, como se 20 sóis pudessem andar a passear pelas ruas.
E toda a gente parava para conversar connosco, partilhar os nossos interesses, a nossa boa disposição. Andamos de barco no rio e em silêncio (sim porque também os houve) contemplamos, com admiração a beleza daquela paisagem. Se Deus existe é isto: uma junção de natureza e de pessoas que se gostam.
Voltamos para casa e houve quem, com o apego à vida das pessoas especiais, dançasse, em pleno comboio, enquanto um grupo cantarolava ao som do acordeão e dos bombos. E foi mais uma lição de vida, uma lição de humildade, de alegria de viver. É isto que importa, só isto que importa.

Teresa Teixeira

 

No último sábado, completei um ano em Portugal e celebrei esse ciclo de chegada e permanência de uma forma inesperadamente simbólica: um dia entre fios e agulhas, com as meninas da Lavorada, em um passeio de comboio pelo Douro — esse rio tão cheio de histórias e que me abraça de muitas formas.

Foi mais do que um passeio, e não foi mera coincidência estar com essa malta que me acolheu desde o início. Foi mais uma vez encontro. Foi troca. Foi reconhecimento.

Entre conversas leves, risos soltos e o respeito à história de cada uma, senti algo que, em terras estrangeiras, é mais precioso do que ouro: pertencimento. E estar com essas mulheres é sempre como reencontrar partes minhas que andavam dispersas pelo caminho.

Pertencer à Lavorada é, para mim, um presente que Portugal me deu. Um laço que se constrói no dia a dia e se entrelaça com cuidado, afeto, escuta e apoio mútuo.
Agradeço amorosamente a cada uma que faz parte dessa trama viva. Desejo que nossos caminhos sigam a se entrelaçar com beleza e sentido. E que a travessia continue fértil e compartilhada.

Liana Ribeiro

 

Sábado passado foi dia de passeio! O sol juntou-se a duas dezenas de amarelinhas para ir ver o Douro e os seus socalcos.

Fomos de comboio ao Pinhão, viagem que andava para experimentar há muito, e gostei bastante! A vista é maravilhosa, o rio sempre a brilhar e aquelas encostas desenhadas a régua e esquadro! Uau!!

A D. Fernanda encarregou-se de divulgar a Lavorada a nacionais e internacionais, e vendeu a Póvoa como ninguém! Houve despiques entre Póvoa e Vila do Conde, e até entre bairros poveiros, já a preparar o S. Pedro!

Piquenique recheado, muita conversa, muitos trabalhos nas agulhas. Partilhamos croquetes e fruta, histórias de vida, fios e projetos e tudo combina entre si.

Na volta houve quem ainda tivesse energia para dançar, embaladas pelo alto som de cantares populares de um grupo, que tal como nós, tem orgulho em partilhar tradições.

É sempre bom JUNTAR A MALTA Lavorada!!!

O que faltou? …. O cálice de Porto! Mas o brinde à amizade estava lá!

Raquel Campos

 

Foi a combinação perfeita de lazer, beleza, amizade e diversão. Um passeio lindo e uma óptima oportunidade para tricotar em excelente companhia e nos conectarmos com a beleza deslumbrante das encostas do Douro. No regresso, cansadas mas de alma renovada. Um dia simplesmente maravilhoso!

Alexandra Neves

No passado sábado  embarcamos numa nova e memorável aventura- uma viagem de comboio até à linda e pitoresca vila do Pinhão, no coração do Douro Vinhateiro!
Partimos de manhã bem cedo, da estação de Campanhã, no Porto, animadas pelas gargalhadas e risos que nunca nos faltam, carregando mochilas, cestos de picnic e sacos cheios de novelos de lã e agulhas cuidadosamente guardadas!! Logo logo, as janelas ofereciam-nos uma paisagem de cortar a respiração: as vinhas em socalcos, oliveiras antigas e as águas do rio Douro a brilhar entre os montes...haverá paisagem mais inspiradora para o que mais gostamos de fazer?
Chegadas a Pinhão encontramos um lugar perfeito para o nosso picnic que mais parecia digno de um belo postal !! Estendemos as mantas e iniciamos o nosso belo e delicioso repasto. E o dia foi passando, paulatinamente, com o barulho das agulhas de tricot, dos passarinhos, da leve brisa do rio, e por entre deliciosas conversas e, acima de tudo, muitos sorrisos e gargalhada, que contagiavam quem por nós passava. Depois do picnic seguiu-se um majestoso passeio de barco pelo rio Douro. Ficamos rendidas a tamanha beleza... a tranquilidade das águas, o silêncio que se fez sentir...e que bem que nos soube!!
Regressamos de novo ao comboio ao final da tarde, já com a alma cheia e as linhas mais entrelaçadas do que nunca...umas, continuando os seus trabalhos, outras, procurando descansar ou  conversando e contando histórias cheias de alegria e cumplicade e outras, ainda, dançando e cantando ao som de um alegre acordeão que se fazia ouvir...estávamos felizes.
E somos assim...porque o crochet e o tricot é o que nos une, e o que faz falta é animar a malta!!!
Foi um dia lindo e, sem dúvida, que o Douro ainda ficou mais bonito, pintado de amarelo!!
Viva a Lavorada! Viva!!
Paula Reis

 

Neste passeio tivemos a certeza de estar na associação certa, onde a unidade e valores ao próximo esteve patente em todos os momentos. Obrigada!

Fernanda Novo

 

Fotografias nas redes sociais.