Tendo falado de como os lavores se podem adaptar à modernidade, mostrando caminhos que acompanham as modas, a Antónia Gomes e a Cristina Figueiredo partilharam o seu percurso e como chegaram até à criação das suas marcas, o que as move e quais o caminhos para se poder singrar no mundo da internet, que sendo uma porta aberta, é também um mundo de concorrência enorme.
Sandra Amorim partilhou o seu gosto pelos atoalhados herdados e mostrou a importância de não se manter guardado nas gavetas um património artístico, que contam histórias e podem ser a beleza e o cuidado que tantas vezes nos falta no dia-a-dia. Falou das várias camadas dos lavores, desde o lado terapêutico, relembrando que “salvou” muita gente nos confinamentos, passando pelo desenvolvimento motor nas crianças até ao prazer de “saber fazer”.
Deolinda Carneiro, no ano da Camisola Poveira, veio falar um pouco da sua história e de como esta peça de tricot foi salva pelo amor que lhe foi dedicado ao longo dos tempos, desde as mulheres dos pescadores, passando por Santos Graça e agora por um número crescente de interessados em aprender a tricotar a camisola, símbolo patrimonial de uma cidade. Salientou que este tipo de artesanato não tem que ser exclusivo das mulheres e que o exemplo disso está na própria história da camisola.
As quatro frisaram a importância de se ensinar estas artes, promovendo cursos, workshops, abrindo currículos nas escolas, todos os meios que possam colmatar a ausência de transmissão de conhecimento de geração para geração que se verificava nos tempo dos nossos avós.